sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Te sinto em mim
Pra me acalmar.
Te sinto em mim sem pensar
No depois, no amanhã
Quem dirá,
Que o tempo revela ou vai curar?
Caminho com passos lentos para poder aproveitar
E não me arrependo de te acompanhar.
Não busco refúgio,
Não me protejo.
Sinto o seu gosto, sinto o seu cheiro.
Te toco e te sinto,
Desliza por mim.
Fecho os meus olhos e te tenho bem aqui,
Perto de mim.
Assim, como num sonho
Que tive uma noite dessas
Semelhante a qualquer medo escondido,
Ou desejo reprimido.
Só busco não pensar.
Inevitável.
Assim como chorar, com o rosto já molhado.
O céu grita comigo
Verdades que eu não quero ouvir e nem ver
E sinto suas carícias para amenizar
E me fazer entender.
Sinto vontade de gritar bem alto,
Dançar e cantar.
Mas a alegria se vai
E resta apenas o silêncio
Perturbando o meu sono...
Com gritos em pensamentos.
Me escondo, é difícil admitir.
Te uso como escudo,
Pois cansei de fingir.
Me livro de mentiras
Ou expectativas não correspondidas...
O calor que era raivoso
Agora se transforma em frio
Nesse dia chuvoso.
Me limpa a alma e todo desespero
Restando apenas vestígios
Molhando o meu travesseiro.