Inibo todos os meus sentimentos involuntários e indesejados.
Finjo que eles não existem, com medo de admitir.
Escondo todos e junto deles todas as minhas perguntas,
Aquelas cujas respostas eu não quero saber
E aquelas que simplesmente não têm resposta.
Descubro ser uma grande fingidora,
Pois finjo quase que o tempo todo
Até quando penso que não.
Finjo não fingir.
Mas não minto,
Que para mentir é preciso dizer.
E eu não digo, omito.
Que dizer é admitir,
Que é o primeiro passo para a aceitação,
Que tem por conseqüência a acomodação.
Odiáveis sentimentos.
Cada um escolhe sua própria classificação,
Já nascemos com uma lista de sentimentos.
Alguns que a gente se orgulha e outros não.
Cada um escolhe o lado da separação.
Eu não preciso dizer.
Não consigo esconder.
Só finjo.
Não preciso mentir,
Mas assumo.
Não admito, mas assumo.
E finjo que nada acontece.
E finjo quase o tempo todo.
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