terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Sono perdido
Eu gostaria de ter um botão de ON/OFF na cabeça.
Às vezes eu gostaria de poder desligar meus pensamentos.
Eles nem sempre são confiáveis.
E ninguém devia confiar muito nos próprios pensamentos.
Principalmente se estiver com sono, mesmo que sem dormir.
Principalmente sem dormir.
Dormindo a gente perde a razão.
E ganha inconsciência.
Meio dormindo, meio acordado a gente tem meia razão e meia consciência.
Ainda assim traiçoeira.
E o inconsciente venenoso e consciente racional brigam a noite, a madrugada e a manhã toda.
Não te deixa dormir e te confunde.
E faz você perder um sono que nunca mais vai achar.
Mas em compensação ganhar algumas rugas, úlceras e dores de cabeça.
De pura preocupação.
Preocupação de coisas sem motivo.
Ou com motivos de sobra.
Mas não faz muita diferença quando não se sabe administrar.
E como acreditar que o todo poderoso cérebro é só um órgão como outro qualquer?!
Nós o alimentamos, sem pensar, até ficar gordinho.
E depois forçamos uma dieta.
E qualquer reeducação alimentar é difícil pra qualquer instância do corpo, não é mesmo?
E a prática leva ao hábito, não é?!
O que fazemos sempre vira costume.
E equilibra as coisas.
Não é?!
Mas por que, então, tem tanta gente alimentando os cérebros malucos durante a noite, com pensamentos nocivos e confusões pensamentares, que a gente sabe, não levam a lugar algum?!
Por que então é tão difícil desapegar daqueles pensamentos que deviam passar depressa?!
Por que então não é possível se anestesiar com o sono e não pensar?!
Por que então a gente pensa, mesmo sem querer pensar?!
E por que então a gente tenta controlar os pensamentos se sabe que não é possível?!
E como se livrar de pensamentos que a gente não quer ter e que incomodam, pinicam e coçam demais?!
A culpa é dos astros mesmo.
Só pode ser.
Mais de uma pessoa essa noite não dormiu, pensando.
Na vida. Em nada. Em trabalho. Em questões existenciais. Em amor.
E como não alimentar um pensamento?!
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