É quando a gente tem um nó bem grande e apertado na garganta,
Que esmaga todas as palavras não ditas,
E a gente insiste em fazer de tudo para desapertar.
É quando a gente tem insônia
E faz de tudo pro sono chegar.
(Mesmo que isso implique em arriscar contar carneirinhos, de vez em
quando.)
É quando a gente ensaia em frente o espelho o que vai dizer no dia
seguinte,
Mesmo que não consiga encarar a si mesmo.
É quando a gente sabe do amanhã e mesmo assim quer que ele chegue.
É quando a gente teima em desafiar o destino.
É quando a gente fecha os olhos para as consequências que a gente sabe,
Vão chegar.
É quando a gente bota o medo de lado ou simplesmente dá um pontapé nele
E torce pra ele demorar pra encontrar o caminho de volta.
É quando o coração bate forte e acelerado
E a gente não tenta controlar, usa a adrenalina a nosso favor.
É quando parece que nada mais importa, a não ser aquele momento.
É quando a gente respira fundo, toma fôlego ou engole o choro.
É quando as palavras não saem, mas o olhar comunica.
É quando a gente sente vontade de sair de casa,
Mesmo em dia de chuva.
É quando a gente corre pra chegar em algum lugar a tempo.
É quando a gente fala a verdade, mesmo que machuque.
É quando a gente ama, sem medir tamanho ou status no facebook.
É quando a gente diz o que pensa, mesmo que o outro pense o contrário.
É quando a gente sabe que não vai adiantar fazer
E mesmo assim faz.
É quando a gente acelera os ponteiros do relógio ou faz com que eles
parem,
Numa hora qualquer.
É quando, mesmo sem dinheiro, a gente quer dar um presente,
Pensando que o que importa é a intenção.
É quando a gente acredita que pode fazer algo, mesmo que o mundo
inteiro diga que não.
É não se importar com o resto do mundo e fazer de tudo para encontrar a
felicidade.
É saber que a felicidade não é constante e mesmo assim querer
abraçá-la.
É ouvir uma música triste, mesmo sabendo que vai chorar.
É chorar, mesmo sabendo que vai sentir vergonha.
É vencer a preguiça.
É fazer conta difícil de cabeça.
É gritar, antes que enlouqueça.
É apostar, mesmo sabendo que é bem possível que perca a aposta.
É não entregar o prêmio, pois sabe que o jogo pode virar.
É dizer que gosta, mesmo se não tiver resposta.
Ou nem dizer e dar um abraço apertado.
É tomar banho gelado, mesmo quando está frio.
É comer algo que nunca comeu, correndo o risco de não gostar.
Ou pior, de gostar.
É ver um filme legendado.
É botar salto alto e esbanjar sorrisos.
É perguntar “por que?”, mesmo quando não deve.
E perguntar “por que não?”, sempre que tiver em dúvida.
É admitir.
É enfrentar.
É correr atrás, mesmo que canse.
É desistir, se for preciso.
É não desistir, se tiver chance.
É acreditar, em si mesmo primeiro.
É acreditar...
Que vale a pena.
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