quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Pra se sentir vivo.

Não basta existir e existir somente.
É preciso viver.
E saber viver.
Vivo tanto que acabo imprudente,
Com medo de perder
Os segundos de oportunidade, lentamente.
É assim que escolhi.
Pra não me acomodar, não esquecer de mim mesma,
De viver e não apenas existir.
Impulsividade...
Irresponsabilidade...
Coragem...
Determinação...
Cada um chama como quiser.
Eu não me importo.
Rótulos são apenas rótulos.
E eles nos perturbam aonde formos, sem escapatória.
Não há quem entenda meu ponto de vista tão bem quanto eu mesma.
Cada um vê somente o que quer ver.
E eu não faço questão de ver além daquilo que me faz bem.
Esqueço de tudo e vou muito mais além.
Talvez meus sonhos sejam tão constantes para compensar a realidade,
Que teimo em maquiar de conto de fadas,
Quando só eu penso assim.
Sou feliz nas minhas ilusões,
Mesmo sabendo que nem tudo é do jeito que eu gostaria.
Às vezes finjo.
Finjo que as coisas são ou serão como eu imagino,
Como eu as fantasio e sonho.
Finjo entender.
Isso tudo, para não me arrepender
De ter desacreditado e me tornar uma pessoa sem expectativa nenhuma.
Me iludo, me fodo e sei disso.
E o mais estranho:
No fundo, eu sei exatamente onde eu vou chegar, o que vai ser...
E mesmo assim teimo em viver.
Viver desse jeito que escolhi...
Me arriscando, aproveitando e não apenas existindo.





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