Um pássaro acostumado a voar não se põe em gaiola, que murcha. A respiração cessa e ele não canta mais.
Pássaro de alma livre tem que viver em liberdade, que voar é seu maior prazer. Já dizia Fernão Capelo Gaivota: o pássaro que voa mais alto, enxerga mais. E não é só ver e contemplar, é enxergar também. E ter orgulho de ter chegado onde ninguém mais chegou.
Pássaro livre não gosta de monotonia, quer música constante e que o vento sopre todo o tempo. Quer sentir os raios de sol cegá-lo, o vento a despenteá-lo, quer cansar (que para descansar é preciso estar cansado), quer sentir, quer voar, voar...
Mas de repente, a liberdade traz consigo a solidão, porque nem todos os outros pássaros se dispõem a acompanhá-lo. É preciso muita coragem. E tempo.
Leva tempo para conquistar as melhores coisas que existem. E as melhores coisas duram pouco tempo, talvez para que se queira sempre alcançá-las. Ou talvez seja essa a regra.
Mas quando se é livre não há regras, as coisas duram o tempo que se fizer necessário e tem-se tempo para buscá-las com freqüência. Mas e coragem...
Pássaro que é livre não gosta de monotonia, quer música constante e que o vento sopre todo tempo.
E quer apenas voar, voar, voar...
voar sempre, pra nunca se sentir preso, mesmo as vezes estando, preso em tantas coisas que não servem , não nos cabem ,não nos emociona...
ResponderExcluirabraços
Lindo texto.
Sigo-te lendo sempre.
ResponderExcluirvocê escreve muito bem.
"eu sou um pássaro, me trancam na gaiola e esperam que eu cante com antes"
ResponderExcluirAssim como a GAIVOTA, sentia que era necessário voar cada vez mais alto... chorei, sofri e morri.
Quando pensei que nada mais restaria, descobri que existem outras gaivotas que se lançam para o desconhecido então nunca mais fui sozinho.