sábado, 9 de abril de 2011

Liberdade.



Um pássaro acostumado a voar não se põe em gaiola, que murcha. A respiração cessa e ele não canta mais.



Pássaro de alma livre tem que viver em liberdade, que voar é seu maior prazer. Já dizia Fernão Capelo Gaivota: o pássaro que voa mais alto, enxerga mais. E não é só ver e contemplar, é enxergar também. E ter orgulho de ter chegado onde ninguém mais chegou.


Pássaro livre não gosta de monotonia, quer música constante e que o vento sopre todo o tempo. Quer sentir os raios de sol cegá-lo, o vento a despenteá-lo, quer cansar (que para descansar é preciso estar cansado), quer sentir, quer voar, voar...


Mas de repente, a liberdade traz consigo a solidão, porque nem todos os outros pássaros se dispõem a acompanhá-lo. É preciso muita coragem. E tempo.


Leva tempo para conquistar as melhores coisas que existem. E as melhores coisas duram pouco tempo, talvez para que se queira sempre alcançá-las. Ou talvez seja essa a regra.


Mas quando se é livre não há regras, as coisas duram o tempo que se fizer necessário e tem-se tempo para buscá-las com freqüência. Mas e coragem...


Pássaro que é livre não gosta de monotonia, quer música constante e que o vento sopre todo tempo.


E quer apenas voar, voar, voar...

3 comentários:

  1. voar sempre, pra nunca se sentir preso, mesmo as vezes estando, preso em tantas coisas que não servem , não nos cabem ,não nos emociona...

    abraços

    Lindo texto.

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  2. Sigo-te lendo sempre.
    você escreve muito bem.

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  3. "eu sou um pássaro, me trancam na gaiola e esperam que eu cante com antes"
    Assim como a GAIVOTA, sentia que era necessário voar cada vez mais alto... chorei, sofri e morri.
    Quando pensei que nada mais restaria, descobri que existem outras gaivotas que se lançam para o desconhecido então nunca mais fui sozinho.

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