sábado, 23 de agosto de 2008

Sem saber...



A gente não escolhe a velocidade do tempo
Ou a intensidade das coisas...
A gente só escolhe o caminho que vamos seguir.
Nossas opiniões, nossos desejos,
Muitas vezes nem são nossos...
Nos foram enfiados na cabeça de alguma forma,
Influenciados por outras pessoas,
Que também não tem nada que sejam delas.
Eu queria ser dona dos meus próprios pensamentos, dos meus próprios sentimentos,
Mas eles possuem vida própria.
O que posso dizer é que, talvez, eu seja apenas dona das minhas ações e olha lá.
A gente tem poucas oportunidades de poder tentar prever o que acontece, planejar, desejar,
Mas isso acontece tão rápido que quando nos damos conta, já é passado,
Já passou, já aconteceu.
E mais uma vez a gente não previa que fosse dessa maneira.
E, na maioria das vezes, é assim.
A incerteza nos acompanha e é só disso que podemos ter certeza:
A certeza de nunca poder ter certeza de nada.
Nossos passos são vagos, rumo a lugar nenhum,
Não podemos saber pra onde vamos,
Apenas desejar,
O que, às vezes, nem é realmente o que queremos,
Pois é tudo tão confuso que ora queremos, ora não sabemos.
Vou vivendo a confusão de ser quem sou,
De não saber de nada e ainda assim querer saber,
O que talvez nem seja meu, ou que eu não saiba ao certo se quero,
Mas vou querendo, mesmo assim.
Estando longe ou perto de mim,
Anseio por conquistar o que me parece mais difícil,
Às vezes tenho sucesso, às vezes não.
E é assim a vida não é?!
Não se pode ganhar sempre...
Mas torcer é sempre bom,
Por mim e pelos outros.
Quero ser feliz também.
Acho que merecemos.

domingo, 17 de agosto de 2008

Entrelinhas...


E a gente nunca diz o que quer dizer.
Está tudo nas entrelinhas.
Entre vírgulas há interrogações,
Que não se sabe o motivo ou razão,
Que se esconde a verdadeira exclamação.
Não há direção certa a seguir.
E eu escolho a minha pontuação.
Travessão:
- Nada é como a gente imagina.
Só digo o que eu não quero dizer
E o que eu digo querendo dizer
Parece ninguém entender.
Fica entre parênteses,
Para que se abra ou feche,
O que depende do sujeito.
Canso-me de indagar questões sem respostas,
Como, por exemplo:
Será que alguém faz o seu dever de casa?
Abre aspas.
Não tenho tempo.
Deixo pra depois.
Tenho medo.
Fecha aspas.
Se há espaço para mais uma interrogação?
Sempre há, por mais que não haja.
O que eu quero saber é:
Onde fica o ponto final?
Não sei se o melhor caminho é buscá-lo ou fugir dele.
Confusão.
Conhecer o próprio campo de imagens, palavras, idéias...
Há muito que fazer.
Reticências.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Lembranças...


A minha vida é cheia de assuntos inacabados.
Envelopes esquecidos que, de vez em quando, despertam minha curiosidade.
E eu os abro, de vez em quando, mesmo sabendo que tocam feridas que ainda não cicatrizaram.
Lembranças que me perturbam agora,
Parecem não querer voltar para esse lugar, antes esquecido.
Sou obrigada, então, a refletir sobre elas,
Mesmo pensando que isso me faz mal,
Não consigo evitar...
Mas eu quero...
Quero esquecer o que me impede de ser feliz,
O que me atormenta e me faz ficar assim...
Perdida... Sem saber o que fazer, pra onde ir...
Quero jogar ao mar todas as memórias desses assuntos mal resolvidos.
Quero outra vida agora.
Viver o que não vivi...
Por medo...
Por falta de oportunidade...
Por falta de coragem...
E cada um tem sua vida.
E é por isso, que vou cuidar da minha,
Cuidar de mim...
Buscar ser feliz...

sábado, 9 de agosto de 2008

Palavras ao vento...



E sabe aqueles dias em que você se pega dizendo:
“Hoje não é meu dia...”?
Sabe aqueles detalhes ruins, acontecimentos inesperados,
Que somados um ao outro, enchem seu dia de contratempos?
Eu até hoje não sei no que devo acreditar, ao certo.
Se esses pequenos detalhes, normalmente pessimistas,
Que são capazes de mudar todo um curso, um acontecimento,
Se eles são de fato avisos, mostrando que esse não é o caminho certo,
Ou se são apenas obstáculos para me atrasar, me fazer desistir.
Sempre fico em dúvida quando várias coisas acontecem,
Parecendo que não é pra ser do jeito que eu quero,
Ou da forma que caminho.
Na melhor das hipóteses, eu prefiro achar que são só obstáculos,
E que eu vou superar, vou passar por eles e alcançar o esperado,
E sendo otimista, da melhor forma possível.
Mas, por outro lado, às vezes me falta coragem pra seguir em frente,
Com medo do destino, com medo do que possa acontecer.
Sei que é bom se arriscar de vez em quando,
Sei que se não tentar não vou saber...
Mas tenho a estranha mania de querer tudo certo,
Penso no fim antes que comece.
Isso me incomoda.
Tento me contrariar, arriscando de vez em quando,
Enfrentando obstáculos, ou seja, lá o que for,
Mas não é sempre que encontro coragem.
Não é sempre que as coisas são como eu gostaria.
Eu tento enfrentar os meus medos, todos os dias,
Mas nem sempre tenho sucesso.
E um deles é esse mesmo:
Não conseguir.
Apesar de saber que sou capaz.
Há um sentimento involuntário que me impede e, às vezes, me faz desistir,
Mas ao mesmo tempo, briga com a vontade,
Que, por muitas vezes, sai vencedora,
Como eu sempre quis...
E eu não sei bem o que acontece.
É um misto de sentimentos, contradições, pensamentos confusos.
Tento afastá-los, mas, creio eu, ser impossível.
E já que eu não posso com eles...
Vou ao menos tentar entendê-los, controlá-los...
Quem melhor que eu mesma pra fazer isso, não é?!
Essas palavras são simples desabafos...
Palavras ao vento...
Pensamento ao acaso...
De uma mente perturbada que insiste em expor seus pensamentos e idéias sem propósito algum,
Ou talvez até tenha, mas não cabe a mim revelá-los.
Às vezes ficam nas entrelinhas.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Estagnação...


Algumas coisas simplesmente acontecem quando tem que acontecer,
Ou não acontecem, e a gente fica sem saber.
Expectativas, planos, sonhos...
Tudo fruto da nossa imaginação.
Na realidade,
Quase nada é como a gente espera,
Ou como a gente gostaria que fosse.
Mas as oportunidades nos são dadas de acordo com a nossa necessidade
E não de acordo com a nossa vontade.
Por muitas vezes, minha vontade não foi alcançada,
Mas sei que nem sempre será.
Às vezes, eu tenho as oportunidades que preciso,
Mas limito-me a enxergá-las,
Ainda não sei por quê.
Se é pelo fato de pensar que isso acontece sempre
Ou se é assim e pronto.
Talvez um dia descubra a verdadeira razão para isso,
Ou, talvez, descubra que há um bloqueio tão grande em minha mente,
Que não há mais conserto.
Mas tem que haver.
Se eu criei uma barreira,
Só eu mesma posso destruí-la.
E enquanto me questiono sobre isso,
O tempo vai passando,
Oportunidades vou perdendo.
Talvez por incompetência minha,
Talvez por tudo acontecer de forma inesperada,
Por muitas vezes, repentina.
Talvez eu veja que, por mais que eu queira,
Eu não posso ter tudo de uma vez,
Por mais que eu queira muito.
E essa dificuldade que eu tenho em optar por algum caminho,
Acaba por me levar a caminho nenhum,
E eu acabo sempre no mesmo lugar,
Com os mesmos pensamentos.
Pensando, pensando e não passando disso.
Mas eu ainda quero que isso mude.
Será que há mesmo solução para tudo???