domingo, 17 de agosto de 2008

Entrelinhas...


E a gente nunca diz o que quer dizer.
Está tudo nas entrelinhas.
Entre vírgulas há interrogações,
Que não se sabe o motivo ou razão,
Que se esconde a verdadeira exclamação.
Não há direção certa a seguir.
E eu escolho a minha pontuação.
Travessão:
- Nada é como a gente imagina.
Só digo o que eu não quero dizer
E o que eu digo querendo dizer
Parece ninguém entender.
Fica entre parênteses,
Para que se abra ou feche,
O que depende do sujeito.
Canso-me de indagar questões sem respostas,
Como, por exemplo:
Será que alguém faz o seu dever de casa?
Abre aspas.
Não tenho tempo.
Deixo pra depois.
Tenho medo.
Fecha aspas.
Se há espaço para mais uma interrogação?
Sempre há, por mais que não haja.
O que eu quero saber é:
Onde fica o ponto final?
Não sei se o melhor caminho é buscá-lo ou fugir dele.
Confusão.
Conhecer o próprio campo de imagens, palavras, idéias...
Há muito que fazer.
Reticências.

Um comentário:

  1. E nesse jogo de gramática, descobrimos que ás vezes insuficientes são as palavras para representar graficamente aquilo que vai em nossos corações e mentes...

    Beijos mil, Path!!!

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