domingo, 8 de setembro de 2013

Lembranças...



Eu não tenho boa memória.
Não sei gravar as coisas.
Tiro algumas fotografias apenas.
Só de olhar.
Como se capturasse uma imagem ao piscar.
Mas não armazeno todas que tiro.
Não lembro de muita coisa.
E sou cheia de lembranças.
Gostaria de poder escolher.
Lembro de coisas como falas de desenhos animados que assistia quando criança.
E não me lembro de coisas que me forço a refazer em minha mente, sem sucesso.
Dias especiais, com pessoas especiais.
Me esqueço de mágoas.
Depois lembro e me dói como se fosse a primeira vez.
E algumas coisas... Eu nunca esqueço.
Ou me forço a esquecer... Ou me esforço para lembrar.
E eu sonho muito. Mas não lembro depois.
Ou lembro e não sei se sonhei ou se aconteceu mesmo.
Talvez as lembranças sejam só imaginação mesmo.
Quem garante que foi exatamente como eu lembro?!
Eu não garanto.
Se tratando de mim, provavelmente não foi mesmo.
Mas a gente tende também a enfeitar a lembrança, ficando mais bonita, e deixa ela parecendo sonho.
Talvez eu me esqueça por um motivo.
Talvez eu lembre por um motivo.
Talvez eu sonhe sem motivo. (E eu sempre tento encontrar significados)
Talvez...
Talvez as lembranças sejam responsáveis por nos tornar sensíveis.
Pra trazer esperança quando tudo parece perdido.
Pra reavivar o que realmente importa.
Os sonhos...
Ah, os sonhos são pra confundir.
Não vejo outro propósito.
Se misturam com as lembranças.
Os guardo na mesma gaveta.
Ora agarro um.
Ora outro.
E ora me confundo.
E encontro o equilíbrio da sanidade.
Mas em constante caos mental.
Pensar, lembrar e sonhar.

É estar em confusão constante.

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