segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O Amor?





Ah, o amor!
“O amor é o tropeço do tempo.
É quando o tempo sai do seu compasso...”
Passa lento.
Ou nunca há tempo suficiente.
É dia frio, com sol quente.
É primavera em dia nublado.
É banco de praça, rodoviária, estação...
É vazio no coração.
É saudade que dói.
É silêncio que se entende bem, que grita.
É aguentar mau humor, dor de cabeça, dor de estômago.
É ouvir uma canção
E colocar pra repetir.
É quando todas as canções de amor fazem sentido.
É cantar no chuveiro...
É esperar o dia inteiro
Só pra dizer “oi”.
É escrever versos bregas
E canções dedilhadas...
É passar a madrugada
Acordado, esperando o dia chegar.
É sentir um aperto no coração, de longe.
E de perto sentir pulando, ora sufocando a garganta
Ora revirando o estômago.
É ter os pés quentinhos em dia frio.
É se sentir idiota, às vezes...
É ser brega, romântico e melado.
É querer alguém ao lado...
Pra dividir... pra compartilhar...
É comer sem medo de engordar.
É não ter vergonha de falar...
O que pensa... O que sente...
É o que conforta a gente
Quando tudo parece afundar.
É companhia pra conversar no banheiro.
É medo de perder, de arriscar.
Noite mal dormida, sem travesseiro.
É choro contido...
É não precisar chorar.
Ou chorar e ter um colo pra consolar.
É suspiro.
Distração.
Sonho.
Imaginação.
E não há palavra que descreva bem...
Ele só vem...
E a gente nunca sabe de onde...
O amor só é.
Mesmo quando a gente pensa não ser.

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