terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Felicidade.


Basta olhar para si mesmo.
Mas não somente olhar com os olhos de quem olha,
Mas olhar com os olhos de quem espera e de quem vê.
Vê com o coração e com a alma e sente ao olhar.
Sente como nunca espera, só sonha.
Sonhar.
Pena ninguém ainda ter descoberto a verdadeira razão
E eis a grande emoção:
Não saber.
Sentir.
Ser.
Estar.
Constantemente.
Ser feliz é estar a todo o momento na plenitude da emoção.
Sonhar sem explicação.
Não adianta procurar.
Ela vem.
Simples como quem olha e vê.
Bem ali, ao seu lado.
Como que uma surpresa...
Um bônus do destino.
A vida se encarrega de colocá-la no caminho,
Quando menos se espera.
Está ali, bem pertinho.
Um sorriso bobo, sem permissão para exprimir.
Uma nuvem de pensamento, criando formas,
Sem sentido, sem percepção...
Já está ali, fazendo parte de toda essa canção.
Canção. Que todo belo filme tem sua trilha sonora.
E não seria diferente, a felicidade pede música constante.
Sem precisar cantar. Sem precisar saber.
Ela simplesmente existe. E a gente ouve,
Como ouve o sino da igreja na hora certa.
Como ouve a barriga roncando de fome.
Como ouve os fogos anunciando uma nova vida...
Não precisa explicar.
Simplesmente se sabe que está ali e na hora certa vem avisar.
E o mais incrível de tudo isso é que para ser feliz não se pode ser egoísta. As duas palavras juntas criam conflito.
Que para encontrar a felicidade é preciso mais alguém.
Porque somos muito burros para encontrá-la sozinhos.
Ou muito espertos, porque sozinhos não teria a menor graça.
Ser feliz sozinho... Que tal?!
Não... Nada que é realmente bom é tão bom sozinho.
Compartilhar. Eis a graça da felicidade.
Estar feliz sem razão.
Estar feliz pelo simples fato de ter aprendido a olhar
Olhar pra dentro e depois pra fora
E não o contrário.
É assim que funciona.
Nós somos o caminho.
Está bem dentro de você e ao seu lado.
E é como uma borboleta.
Assim é “ser” feliz.
Tem existência, sentimentação e não tem, nem requer explicação.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pés no chão.


“Ei menina e esses pés no chão?!
Tão jovem e tão pé no chão!
É preciso sonhar!”
Ouvi alguém dizer.
Me fez pensar e entender.
Uns são tão sonhadores
Outros tão realistas.
Equilíbrio.
É o que eu busco,
Por vezes, sem sucesso.
Incertezas, dúvidas e medos.
Me acompanham todo o tempo.
Não pensar é um refúgio temporário.
Não percebo meus pés mais ao ar.
São inclinados. Apertam o chão.
Ora se levantam, ora se fincam.
Eu tento.
Crio alguns sonhos modestos.
E aí me preocupo. E os esqueço.
Os impeço.
Não os deixo criar asas.
Arranco-lhes sua liberdade.
Os mato e privo de viver.
Então inexistem.
Os poucos que restam se escondem.
E vez por outra se manifestam.
E eu observo.
Deixo voar. Ou corto-lhes as asas.
É triste e dói-me pensar em não pensar.
Quando não se pensa se finge.
Finge inexistência de uma coisa que já existe.
Pensar em não pensar, em não ser,
Já é pensar. Já é ser.
E eu não sei.
Não sei tirar meus pés do chão.
Aprendo e desaprendo.
Lembro-me e depois esqueço.
E duvido da existência de coisas que não entendo ou não vejo.
Por não saber voar. (ou não tentar).

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Turbulência


Porque quando as coisas acontecem, nunca vêm sozinhas.
Esperar calmaria sempre, seria o mesmo que escolher não viver.
Ninguém nunca disse que seria fácil
E eu realmente acho que não teria a menor graça se fosse.
A gente acaba dando mais valor quando é mais difícil de conseguir.
Quando tudo é tão turbulento
A gente acaba colocando em dúvida nossas próprias convicções...
Ou seria colocando a prova?!
Confundindo, pressionando e fazendo pensar
A turbulência chega, sem previsão para acabar.
E a gente se confunde e pensa e repensa.
E quase sempre não faz idéia do que pensar.
Não decide, não escolhe e não julga.
Se sente incapaz e só.
Olhar em volta e prestar atenção em tudo e em todos,
Analisar e procurar saídas...
Talvez seja a melhor maneira de se conformar.
Ou talvez não haja maneira de conforto.
Ou seria conformismo?!
É difícil pensar em como as coisas seriam se fossem diferentes.
Eu não tenho esse dom.
De pensar em como as coisas seriam, analisar todas as possibilidades do que poderia ou provavelmente aconteceria.
Talvez seja mesmo inconseqüente.
De não conseguir ver as conseqüências ou não conseguir enxergar a dimensão das coisas.
Ou talvez seja sonhadora.
Por preferir uma ilusão que me faça feliz do que buscar a vida perfeita com milhões de imperfeições.
Sou cheia delas.
E reconheço: eu as escolhi.
Talvez me julguem mal por isso,
Mas eu não me importo.
Não era feliz quando me importava, quando almejava a normalidade.
Nem sou feliz agora, mas tenho vivido felicidades constantes.
Isso que importa.
Sigo, busco e quando não encontro, continuo buscando, incansavelmente.
A vida é uma busca constante.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Pra se sentir vivo.

Não basta existir e existir somente.
É preciso viver.
E saber viver.
Vivo tanto que acabo imprudente,
Com medo de perder
Os segundos de oportunidade, lentamente.
É assim que escolhi.
Pra não me acomodar, não esquecer de mim mesma,
De viver e não apenas existir.
Impulsividade...
Irresponsabilidade...
Coragem...
Determinação...
Cada um chama como quiser.
Eu não me importo.
Rótulos são apenas rótulos.
E eles nos perturbam aonde formos, sem escapatória.
Não há quem entenda meu ponto de vista tão bem quanto eu mesma.
Cada um vê somente o que quer ver.
E eu não faço questão de ver além daquilo que me faz bem.
Esqueço de tudo e vou muito mais além.
Talvez meus sonhos sejam tão constantes para compensar a realidade,
Que teimo em maquiar de conto de fadas,
Quando só eu penso assim.
Sou feliz nas minhas ilusões,
Mesmo sabendo que nem tudo é do jeito que eu gostaria.
Às vezes finjo.
Finjo que as coisas são ou serão como eu imagino,
Como eu as fantasio e sonho.
Finjo entender.
Isso tudo, para não me arrepender
De ter desacreditado e me tornar uma pessoa sem expectativa nenhuma.
Me iludo, me fodo e sei disso.
E o mais estranho:
No fundo, eu sei exatamente onde eu vou chegar, o que vai ser...
E mesmo assim teimo em viver.
Viver desse jeito que escolhi...
Me arriscando, aproveitando e não apenas existindo.





terça-feira, 8 de dezembro de 2009

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Brincando de/com a verdade.

Com a idéia de monotonia,
Prevalece a agonia.
Como quando há (re)sentimento,
Lamento.
Como com a diferença,
A crença.
Como quem alcança,
Esperança.
Sem querer contar,
Só (a)notar.
Como quem olha e não vê,
Prevê.
E quem espera?
(Des)espera.
Como quem decide ir,
Seguir.
Sentir.
Se vai...
Distrai.
Como que em algum lugar,
Haja esperança de chegar.
Determina ação.
Intenção.
Compreende a ação.
Compreensão?!
Comunica a ação.
Como quem deseja entender,
(Pare) Ser.
E se tudo for verdade?!
Real idade?!
Imagina ação.
Real ação?!
Realiza a ação = verdade.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A minha escolha.


Sinto como se não existissem mais palavras.
Nenhuma mais sabe explicar.
Nenhuma mais explica tão bem.
Sentido? Já não tem.
Se é que um dia houve algum.
Não ligo mais para o tempo,
Para os dias ou estações do ano.
Quando penso saber ao certo,
Certamente me engano.
Hoje aprendi que é possível se fazer feliz a qualquer momento.
Pois é como vi em algum lugar uma vez:
“A felicidade existe. Mas o problema é que sempre queremos colocá-la em nossas vidas, mas não a colocamos onde queremos.”
As coisas são muito simples para mim.
O ponto de vista que eu tenho é o que eu escolhi
E eu escolhi (e escolho) ser quem eu sou:
Ontem, hoje, amanhã e sempre.
E isso ninguém pode tirar de mim:
O meu poder de escolha.
A única coisa que eu desejo
É não me arrepender,
Mas isso eu não posso escolher,
Está fora do meu controle.
Como outras coisas tantas
E tolo é aquele que pensa controlar
A tudo e a todos
Sem perceber
Que nada nem ninguém pertence a ninguém.
A gente pode apenas tentar possuir
E se iludir
Pensando assim.
Ou então,
Perceber que não há razão
Mas os sentimentos são
Aqueles que escolhemos regar
Sem poder negar, consertar ou controlar.
É só pensar e entender
Somos, sentimos e escolhemos
Aquilo que queremos ser.
A única escolha que temos
É a de escolher.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Te sinto em mim
Pra me acalmar.
Te sinto em mim sem pensar
No depois, no amanhã
Quem dirá,
Que o tempo revela ou vai curar?
Caminho com passos lentos para poder aproveitar
E não me arrependo de te acompanhar.
Não busco refúgio,
Não me protejo.
Sinto o seu gosto, sinto o seu cheiro.
Te toco e te sinto,
Desliza por mim.
Fecho os meus olhos e te tenho bem aqui,
Perto de mim.
Assim, como num sonho
Que tive uma noite dessas
Semelhante a qualquer medo escondido,
Ou desejo reprimido.
Só busco não pensar.
Inevitável.
Assim como chorar, com o rosto já molhado.
O céu grita comigo
Verdades que eu não quero ouvir e nem ver
E sinto suas carícias para amenizar
E me fazer entender.
Sinto vontade de gritar bem alto,
Dançar e cantar.
Mas a alegria se vai
E resta apenas o silêncio
Perturbando o meu sono...
Com gritos em pensamentos.
Me escondo, é difícil admitir.
Te uso como escudo,
Pois cansei de fingir.
Me livro de mentiras
Ou expectativas não correspondidas...
O calor que era raivoso
Agora se transforma em frio
Nesse dia chuvoso.
Me limpa a alma e todo desespero
Restando apenas vestígios
Molhando o meu travesseiro.


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Aluanisando.


Mesmo estando em algum lugar tão longe daqui,
Eu te sinto tão perto...
Tua luz, teu brilho.
Que vem me iluminar.
Ouço o teu canto silencioso
Nesta noite a me encantar.
Te namoro, te contemplo,
Posso até te imaginar
Sorrindo e cantando
Dentro do meu olhar.
Quando se esconde, me chama
Seu mistério me intriga.
Mas não busco entender,
Apenas observo,
Isso me faz te admirar.
Pelo simples fato de ser,
Existir e me acompanhar.
Em curto espaço de tempo,
Pouco tenho a aproveitar.
Pareço criança com novo brinquedo
Com um novo brilho a cada olhar.
E quando não te vejo,
Sinto sua falta,
Anseio, até a noite chegar.
Me imagino numa noite fresca,
Deitada na grama, só pra te olhar.
Me contento com uma simples janela,
Uma varanda ou coisa assim,
Desde que de algum jeito,
Possa ter você pra mim.
Te sinto me olhando, sem entender
Se sou tão importante
Quanto é pra mim
Simplesmente te ver.
Parece achegar-se a cada término de verso...
Te sinto tão longe, mas também tão perto...
Pena todas as noites não serem iguais as noites pós dias chuvosos.
Cada vez mais linda,
Cada vez mais inspiradora...
Sonho dos apaixonados,
Que suspiram com suas metáforas,
Imaginando formas de dizerem o que sentem,
Sem dizer na verdade.
Dormindo e sonhando,
Pensando ser realidade.
Sou feliz por te ver a cada noite,
Mas entristeço-me ao amanhecer,
Por te perder...
Ou ao invés disso, mudo de alegria,
De brilho,
De olhar.
Até que a noite volte
E eu possa te ter novamente.
E eu volto a te namorar
De novo, e todos os dias que puder
Vou te admirar e o futuro imaginar
Sob a incrível luz do luar.

sábado, 22 de agosto de 2009

Ridicularidade.

Quando se ama uma flor, mesmo que igual a cem mil outras flores,
Quando se ama uma flor, de verdade...
Quando ela te cativa...
Você se torna eternamente responsável por ela

E corre o risco de ter que chorar um pouco.
Acredito fielmente que o principezinho tenha voltado para seu pequeno planeta para ficar de vez com a sua flor...
Prefiro pensar assim...
Pois ele descobriu que o céu é bonito, por causa de uma flor que não se vê.
Que o deserto é bonito, porque esconde um poço, em algum lugar.
O essencial é invisível aos olhos...
E eu sei disso, porque um dia,
Aprendi a ver com o coração.
E toda noite eu também, quando contemplo as estrelas,
Escuto milhões de guizos...
Aproximadamente 1.230 vezes ao cubo deles.
Lamento todos os dias pelo menos 3 vezes...
Mas sei que com isso tudo eu aprendi e aprendo todos os dias...
A ter paciência e esperar...
Mesmo que isso leve tempo.
Ser ridículo é escolher sofrer.
Muito prazer, meu nome é otário,
Ao seu dispor.




domingo, 9 de agosto de 2009

Escrevendo a própria história.

Cada um é responsável por tudo aquilo que se torna.
Somos nós que escolhemos ser quem somos.
Eu ainda não sei ao certo o que quero ser de verdade,
Tenho apenas uma noção,
Mas tenho certeza de tudo aquilo que NÃO quero ser.
E tão importante quanto o que você é hoje é aquilo que quer se tornar.
Tempo...
Fundamental para decidir.
Misterioso, angustiante e necessário.
Ando pensando além do normal.
Chega, às vezes, a incomodar.
Mas tenho plena consciência que esses pensamentos são tão necessários quanto o tempo.
Demoro a formulá-los, mas quando se libertam é de uma só vez.
Não sou capaz de entender a todos, pois acredito que ainda não alcancei a sabedoria,
Já que para ser um verdadeiro sábio é preciso primeiro entender e julgar a si próprio.
Algumas coisas só são entendidas quando tem que ser,
Geralmente no final da história toda...
Mesmo sabendo que eu mesma escrevi,
Não posso saber o final.
Aprendi que talvez seja melhor assim...
Se a gente sabe o final, vai querer mudar.
A gente sempre quer brincar de Deus e mudar as coisas que não se devem.
Saber de mais não é bom.
Saber o suficiente.
Sei do hoje, sei do ontem.
Do amanhã, apenas espero...
Não faço questão de saber.
Será o que tiver que ser
E ponto final.

sábado, 8 de agosto de 2009

Adiante.


E eu que sempre tentei pensar somente no agora,
Me pego insistindo em tentar prever o futuro,
Induzindo seu destino de acordo com as minhas vontades...
Me pego fantasiando e esperando...
O que é ruim...
Pois é como alguém disse uma vez:
“Para cada expectativa uma decepção à altura...”
Tento, incansavelmente, não me decepcionar,
Mas às vezes é inevitável criar expectativas...
Acredito muito que o ser humano vive de suas esperanças.
Paro para pensar no que é melhor pra mim,
Mesmo que eu tenha que sofrer com as minhas decisões.
“E se não sou eu quem mais vai decidir o que é bom pra mim?”
Medos e dúvidas enchem meus pensamentos saltando para os meus sonhos, indecisos e confusos.
Não me recordo ou prefiro assim.
Não entendo ou não busco explicações,
Apenas finjo entender, como muitas outras vezes,
Tentando me convencer de algo que ainda não sei.

sábado, 18 de julho de 2009




Inevitável.

Expressar com palavras se torna difícil quando as palavras são...
Insuficientes.
É indescritível... E não há como dizer certas coisas...
Basta ouvir o coração.
Pensamentos distanciam-me da vida real, imaginando e relembrando lapsos de sonhos inacabados, que misturo com a realidade inexistente.
Pensar num futuro distante transforma-se em sonhar.
Limito-me a viver o agora.
Tento, inutilmente, evitar esse tais pensamentos.
A gente sempre julga ser capaz de controlar as coisas,
Quando na verdade, não temos controle algum sobre nada.
Quando menos se espera está fazendo o que disse nunca fazer...
Pensa no que diz nunca pensar...
Lembra do que esperava nunca mais lembrar.
É inevitável.
Chego à conclusão de que não adianta correr na direção contrária ao vento,
O destino se encarrega de nos colocar no lugar certo.
Às vezes na hora errada,
Mas sempre com um propósito, posteriormente entendido.




segunda-feira, 29 de junho de 2009

Prisão.


Eis que conservá-la em seu casulo parece-lhe a melhor forma de preservá-la.
Ou melhor, possuí-la.
Não se pode possuir ninguém.
Só se pensa ser capaz.
Não se pode aprisionar,
Pois um dia ela se vai.
Ao invés de tentar impedir, possuir,
Evitar ou controlar
A melhor forma de perpetuar-se
É criando laços,
Ou então, nada resta senão apenas o arrependimento.
Viver numa bolha não significa de modo algum proteção,
Significa exclusão, prisão e isolamento.
Não se pode ser única e exclusivamente “propriedade” de alguém.
É como disse uma vez,
Sentimentos não são de forma alguma obrigatórios,
Sentimentos são voluntários, espontâneos e conquistados.
Não se pode exigi-los de ninguém,
Não se pode cobrá-los...
Ao invés disso, por que não conquistá-los?
Se fazer merecedor de considerações...
Não se ama alguém por “TER” que amar,
Esse definitivamente é o sentimento mais espontâneo de todos.
Mas há aqueles sentimentos que nascemos com impressão obrigatória de senti-los,
Como, por exemplo, o respeito.
Respeitar, diferente de aceitar ou concordar.
Nem tudo é como queremos sempre
E nem sempre estamos com a razão.
Mas temos a escolha de explodir e gritar
Ou se calar e refletir.
Eu opto pela segunda opção.
Esperando o momento certo de agir,
Pra não dar motivo de tirarem a minha razão.
Grito em silêncio (mais uma vez) e ninguém pode me ouvir.
Lágrimas quentes escorrem em minha face
Expressando inúmeros sentimentos momentâneos,
Que sou grata por não me acompanharem sempre,
Por não serem dignos de orgulho.
São passageiros.
Não busco refúgio algum.
Apenas penso.
Vejo a minha verdade se fortalecer dentro de mim
A ponto de ser capaz de criar planos e traçar metas,
Antes ignoradas...
Sou capaz de entender e argumentar os contras
E incapaz de enxergar os prós.
Posso estar enganada para uns,
Horrorizados e inconformados com a minha maneira de pensar, agir, ser, existir
E por ter me tornado “isso que me tornei”,
Mas a meu ver, no meu ponto de vista,
Estou certa.
Isso basta.
Não posso ignorar o que acontece,
Por mais que já tenha tentado ou adiado.
Mas acredito ser fraca e covarde demais para enfrentar frente a frente,
O que me angustia e me faz sentir ainda mais aqueles odiáveis sentimentos, tão incômodos.
Enxugo minhas lágrimas, aperto a caneta no papel,
Encerro um desabafo e minhas insignificantes lamentações.
Fecho os meus olhos e espero o tempo passar depressa,
Esperando um tempo melhor que já vem.

domingo, 21 de junho de 2009

Um passo a frente.


Andei lendo textos antigos.
E me vi diferente, apesar de muita coisa ainda ser como sempre foi.
Inconscientemente segui um conselho que me deram um dia,
De parar de me questionar e pensar demais no que eu não tenho
E começar a pensar nas coisas que já existem, que já conquistei.
Resolvi parar.
Parar de pensar num futuro incerto e criei a tão almejada coragem de seguir sem rumo certo e arriscar.
Gritei “Foda-se!” e resolvi não me preocupar.
Arriscar um pouco é bom sim, como eu sempre imaginei.
E sabe de uma coisa?
Toda essa loucura que me faz sorrir hoje,
Antes era insegurança, medo e falta de coragem.
De doido todo mundo tem um pouco,
E antes doido que infeliz.
Quero ser feliz também.
Eu descobri que eu quero mais...
Quero mais da minha vida,
Sem saber ao certo o que ou quanto,
Só sei que muito pra mim é tão pouco
E que pouco talvez seja pouco demais.
Vou me preocupar com cada instante e mudar,
Mesmo sem saber por onde começar.
Nem o começo nem o fim importam,
O importante é o caminho.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sentimentos.


Certas vezes indescritíveis,
Por outras, incompreensíveis.
Positivo ou negativo.
Tudo depende.
É tudo uma questão de ponto de vista.
Sentimentos não devem ser de modo algum obrigatórios, forçados ou induzidos...
Sentimentos são sentidos...
São voluntários e espontâneos e essa é a graça.
Sentimentos devem ser conquistados,
Eis o prazer de tê-los...
Ou eles simplesmente existem,
A gente querendo ou não.
Os meus sentimentos são todos assim...
Simplesmente existem...
Ou são conquistados.
E quem os conquista os tem por perto,
E quem sabe, os sente também.
Não os obrigo e não há quem o faça...
Não os possuo e não há quem os possua,
Pois eles são livres para existirem da forma que existem:
Espontaneamente.
E não os questiono (já fiz muito isso),
Pois sei que não chego à resposta alguma...
Certas coisas não se explicam,
Apenas se sentem...

domingo, 17 de maio de 2009

Saudade



Uma vez me disseram que saudade é aquela vontade que a gente tem de estar sempre perto
E é por isso que sempre sobra,
Porque a gente quer sempre estar perto (o mais perto possível).
Outra vez, vi em algum lugar, que saudade
É a confirmação de que valeu a pena,
De que passamos bons momentos
E é por isso que a gente sente falta,
Por querer que eles se repitam,
Isso é o que chamam de saudade.
Pra mim, saudade é tudo isso e ainda mais...
Um suspiro demorado... Um olhar distante...
É ver o tempo passar devagar quando está longe
E tão depressa quando está perto (como se quisesse apertar o “pause” e eternizar aquele momento)...
É achar que nunca há tempo suficiente para estar perto
E contar esses intermináveis momentos que não chegam...
É esperar desde as três (ou até mais), quando se sabe que só vai chegar às quatro...
Ou esperar, mesmo sem ter a certeza da chegada
E ainda assim, esperar...
É você pensar o que podia estar fazendo naquele momento com aquela pessoa,
Em como seria se ela estivesse ali,
Ou simplesmente pensar... Ou até mesmo sonhar...
E sorrir ao lembrar...
Querer reviver...
E sentir...
Saudade.


sexta-feira, 1 de maio de 2009

Não adianta.


A gente bem que tenta evitar, mas não dá pra ir contra o que se sente.
Uma escolha muda todo o nosso destino,
E a gente escolhe...
Escolhe e muda tudo,
Pensando que podia ser diferente e em como seria se fosse.
Mas é do jeito que é e como tem que ser,
Pois, eu acredito, que as coisas são exatamente como deveriam ser,
Mesmo que a gente não entenda...
Uma hora entende.
Ou não.
E se não entende é porque ainda não é a hora.
Às vezes eu prefiro ligar o “foda-se”
E deixar ser como será...
Quer saber...
Chega de tanto pensar.
Foda-se... Depois eu escolho...
Depois eu decido.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Finjo entender...

É difícil imaginar como as coisas se desenvolvem e adquirem uma proporção que a gente nunca espera.
É mais difícil ainda entender sentimentos do que palavras.
Certas coisas não se explicam,
Ou se tenta, mas nunca se acha algo coerente e que convença.
Agimos segundo nossos instintos,
Erramos, seguimos a nossa intuição.
Nem sempre se acerta em tudo.
Seres humanos estão propícios a errar e erram sempre que possível.
(A Lei de Murphy tem grande parte nisso.)
Canções dizem por nós o que temos vontade
Contam nossas histórias, indiretamente,
E a gente acredita serem feitas para nós.
Pensamentos incomodam...
E não há refúgio seguro para se livrar deles.
Acredito eu, nunca poder me livrar.
E já que não se pode com eles...
Tento torná-los úteis...
Mas acredito também, que quanto mais se pensa sobre algo,
Maiores são as chances de mudarmos de opinião,
De mudar de decisão...
E de fazer a escolha errada,
Pois acabamos por pensar demais, ouvimos nossa mente, e esquecemos de ouvir o coração.
Tento ouvir meu coração...
Mas às vezes ele fala baixinho e minha mente se aproveita disso.
Penso, sinto...
E finjo entender...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Insuficiência...

Em certos momentos sente-se como se houvesse a incompleta razão de ser...
Insuficiente.
Inconscientemente a gente sente
E tenta entender, ou apenas finge.
O não ser e ser.
Ter o poder e não saber como usá-lo.
Querer mudar, diferenciar
E ainda assim acomodar-se.
Tudo se torna meramente comum,
Dando a impressão de que no final tudo acaba do mesmo jeito.
Não quero minha vida igual a todas as outras
Mas não sinto que ela caminha pra desigualdade...
Personalidade.
Não basta querer, não basta pensar em fazer...
Não dizer o que eu penso, já é pensar em dizer.
E por que não dizer?
E por que se esconder?
Jogo aberto.
Não sei ao certo.
Tenho medo de errar,
Apesar de saber que pra saber o que é certo e acertar,
É preciso fazer o errado e errar.
Sem medo.
Sem receio.
Eu anseio...
Pelo dia em que eu possa dizer:
É comigo. A vida é minha. Muito além do que se vê.




quinta-feira, 19 de março de 2009

Um dia como outro qualquer...

E nenhuma história nova pra contar...
São só os mesmos problemas, as mesmas crises,
Mas as mesmas alegrias e a mesma satisfação.
A mesma confusão.
Ando pensando no que fazer
E isso não é nenhuma novidade.
Há um bloqueio em minha mente
Que me impede de entender a realidade.
Sabe, eu cansei, como muitas outras vezes,
Mas dessa, diferente das outras,
Não sinto aquela intensa necessidade de fazer algo, resolver tudo.
Só quero ficar em paz.
E além do mais, a vida não é só isso...
Pensar em problemas e suas resoluções...
Tenho que pensar no que me faz bem
E dane-se todo o resto.
Quero mais é ser, estar e permanecer feliz.




terça-feira, 3 de março de 2009

Simples menina.






Ela havia se cansado de tanto procurar e optou por deixar acontecer.
Eis que a felicidade dá a primeira batida em sua porta.
Ela se recusa a atender.
E não era por ela que sempre estivera esperando?
Então por que se recusar a ver?
É inquestionável o real motivo para isso acontecer.
É inacreditável para aqueles que começam a entender.
Mas sentimentos não se explicam, apenas os sentimos.
Ela já não tenta entender, mas questiona-se
Até que desiste e tenta esconder.
Momentos felizes não costumavam haver,
Ou havia uma porção deles, que não conseguia perceber.
Pequenas coisas que esperavam pra acontecer,
Ou estavam ali, o tempo todo,
E ninguém conseguia ver.
Ela ainda acredita que contribuindo para a felicidade dos outros,
Para construção e realização de seus sonhos,
De algum modo isso tem um retorno,
É como se estivesse fazendo pra si própria.
E por que não seguir isso então?
Seria difícil demais para uma simples menina?
Ou será que essa é sua sina?
Procurar entender tudo e todos a sua volta,
Complicando quando podia facilitar,
Se limitando a pensar e pensar sem parar.
Eis que o destino é um ponto de interrogação.
E por que não deixar pra lá então?


...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Por que é que nos questionamos tanto sobre “Ser feliz”?








Ela costumava pensar demais sobre como encontrar a felicidade, até que um dia lhe disseram que a felicidade é como uma borboleta, que se tivermos paciência ela pousa sobre nós de vez em quando.
E desde então, decidiu por deixar-se levar, ser paciente e esperar por tal momento, dando tempo ao tempo e tentando ver e aproveitar as oportunidades.
E ela percebeu que tudo que se passa é muito mais do que os olhos podem ver (“O essencial é invisível aos olhos.”) e que nem todo mundo sabe fazê-lo, não que não tenham capacidade, mas se fazem cegos e preferem não enxergar.
O difícil não é ver o que todos evitam, mas encarar isso, e é essa a sua dificuldade, pois por mais que não pense no que os outros vão pensar, pensa... É inevitável pensar... Se questiona... E tem medo... Medo do que pode acontecer se seguir, ou medo do que não acontecerá se evitar.
Uma vez lhe disseram que para saber se é certo ou errado, se gosta ou não, é preciso tentar. E porque não tentar? E por que se arriscar?
Qual a melhor alternativa?
Eis a questão.




<<< Selinho que ganhei do Cleiton ^^
REGRAS:

1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro” Que vc acabou de ganhar!!!
2- Poste o link do blog que te indicou.(muito importante!!!)
3- Indique 10 blogs de sua preferência;
4- Avise seus indicados;
5- Publique as regras;
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras;
7- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B !

INDICADOS:
(não vão ser 10...mas tah valendo =p)
E obrigada http://gregoryzairuz.blogspot.com/ pelo selo.
;D

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Apenas deixando acontecer...


“E se você pudesse viver pra sempre,
Para o que viveria?”

E eu me pego pensando qual o sentido da vida se você não viver por alguém ou por alguma coisa...
E me pergunto pelo que vale a pena viver.
Se o que amo não for suficiente, nada mais será.
O medo é inevitável e saudável também... Pois nos torna mais prudentes.
Tento pensar que é assim, pois sinto muito medo.
Creio um dia poder superá-lo e aí sim poder viver por alguma coisa.
Uma vida monótona e sem sentido não me satisfaz,
Porque uma vida só tem sentido quando damos algum a ela,
Quando vivemos por algo,
Quando tornamos o nosso sonho realidade.
“Por que quando tudo é perfeito demais é apenas um sonho?
Por que não fazemos realidade os nossos maiores desejos?”
E se você ainda não tem um sonho,
Por que não contribuir para que os sonhos dos outros se realizem?!
Dessa forma, eles acabam se tornando seus também...
E é assim...
É escolher viver, apesar dos medos e incertezas...
O tempo ajuda a concretizar nossas vontades e objetivos,
De uma forma que quando a gente percebe, já está nesse caminho...
No caminho que tanto procurava, que tanto esperava...
Sem perceber, sem planejar, sem saber...
Apenas deixando acontecer...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Cada dia... cada vida.


Todos os dias são absolutamente iguais,
O que muda é o que você resolve fazer de cada um deles.
Alguém me disse uma vez que não existe felicidade,
E sim momentos felizes.
Acho que talvez seja mesmo verdade.
E por que não fazer com que esses momentos ocorram com tanta freqüência a ponto de pensarmos SER felizes?
Há coisas na vida que, realmente, não tem preço
E isso faz com que a gente se sinta melhor,
Mais humano, mas a gente, mais feliz.
A vida é feita de momentos
E cabe a nós aproveitar cada um deles,
Já que a gente sabe que uma hora tudo passa...
Não há tristeza infinita,
Assim como não há alegria constante.
E é assim...
Nada é pra sempre,
Porque o pra sempre, sempre acaba.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Às vezes quando a gente ganha... A gente perde.


Seja por não saber aproveitar ou por falta de escolha mesmo.
Seja por ser no tempo errado, no momento, na hora e no lugar errado.
Seja por insegurança ou falta de atenção... ou até mesmo falta de coragem.
Desperdiçar assim as oportunidades que nos são dadas...
E quantas foram as vezes que eu fiz isso...
Vi meus maiores desejos se tornarem meras ilusões apenas por não saber aproveitar...
Por não ter coragem de seguir em frente e esperar...
Ser paciente pode ser um ponto negativo olhando por esse lado.
Talvez esse tenha sido o maior erro: Esperar.
Esperar que outro fizesse por mim o que eu podia ter feito.
Esperar que caísse do céu respostas para as minhas indagações.
Esperar... Esperar...
Sem saber o que fazer, como agir, como responder...
Apenas esperei, sem nada fazer... Sem nada dizer...
Até que vi passar em minha frente um filme rápido de todos os momentos que perdi...
De como tudo poderia ter sido e não foi,
Por ter esperado demais.
Será que já é tarde,
Ou ainda me resta uma chance?